Técnico da Costa do Marfim apoia ideia de Copa Africana a cada quatro anos

O selecionador da Costa do Marfim, Emerse Faé, declarou em declarações à AFP esta terça-feira, dia 30, que organizar a Taça das Nações Africanas (CAN) de quatro em quatro anos poderia constituir "algo benéfico", desde que tal medida promova o crescimento do futebol no continente africano.

À porta do arranque da CAN 2025 no Marrocos, Patrice Motsepe, líder da Confederação Africana de Futebol (CAF), revelou que a prova passará a disputar-se de quatro em quatro anos, em vez de bienalmente, começando em 2028.

Segundo Motsepe, esta alteração visa alinhar o calendário futebolístico global.

A decisão sobre o novo formato gerou diversas reações negativas no meio futebolístico africano, com vozes a acusarem a CAF de se submeter à influência da FIFA e dos grandes emblemas europeus, que têm de dispensar os seus atletas por mais de um mês de dois em dois anos.

Faé opinou que a reforma "pode revelar-se positiva se vier acompanhada de ações concretas para fomentar o futebol em África".

O técnico conquistou a edição anterior da CAN, em 2023, ao tomar conta da equipa marfinense durante o torneio, realizado em casa pelos 'Elefantes'.

"Atualmente beneficiamos de infraestruturas melhores na África, equipas mais organizadas e jogadores de topo, na sua maioria ao serviço dos principais clubes europeus", justificou Faé.

"Com a CAN de quatro em quatro anos teremos uma competição de elevado nível de dois em dois anos, alternando com o Mundial de Clubes e o Campeonato do Mundo. No entanto, faz todo o sentido criar outra prova relevante, semelhante à Liga das Nações europeia, tal como planeado", acrescentou.

Patrice Motsepe confirmou de facto o lançamento desta nova competição anual a partir de 2029.

A Costa do Marfim já garantiu o apuramento para os oitavos de final da CAN 2025, à espera do derradeiro jogo da fase de grupos frente ao Gabão, esta quarta-feira, dia 31.