Real Madrid e entidade da Superliga planeiam reclamar 4 mil milhões de euros à UEFA
O Real Madrid e a entidade promotora da Superliga tencionam requerer mais de 4 mil milhões de euros à UEFA, cerca de 24,9 mil milhões de reais, por alegadamente ter bloqueado o projecto de liga europeia de futebol, revelou esta quinta-feira à AFP uma fonte com conhecimento do processo.
Um tribunal de Madrid determinou na quarta-feira que a organização que governa o futebol europeu violou a sua posição dominante ao opor-se à formação de uma Superliga em 2021, o que permite, conforme a promotora, que a A22 Sports Management e o Real Madrid avancem com acções legais.
A A22 Sports Management divulgou um comunicado a celebrar este terceiro acórdão consecutivo positivo para os seus objectivos, descrevendo o domínio da UEFA como ilegal perante a justiça europeia, e afirmando que a entidade causou prejuízos consideráveis a vários clubes, atletas e outros intervenientes no universo do futebol europeu.
A A22 expressou arrependimento pelo facto de a UEFA ter recusado qualquer possibilidade de acordo ou alterações, apesar de meses de negociações, e declara não dispor de alternativa senão prosseguir com os trâmites para obter indemnização pelos danos causados.
O impacto da deliberação do tribunal de Madrid permanece indefinido, pois incide sobre as normas da UEFA vigentes em 2021, data de início do litígio, embora estas tenham sido alteradas no ano seguinte.
Esta deliberação não aprova o projecto da Superliga que foi abandonado em 2021, nem põe em causa as normas da UEFA implementadas em 2022 e revistas em 2024, que continuam integralmente aplicáveis. Essas normas asseguram que qualquer competição transfronteiriça é analisada com base em critérios objectivos, transparentes, não discriminatórios e proporcionais, argumenta a UEFA num comunicado fornecido à AFP.