O renascimento do Palmeiras como potência na Libertadores
De sepultado a renascer das cinzas: o Palmeiras garantiu lugar na sua terceira final da Copa Libertadores nos últimos seis anos, revelando uma resiliência mental notável que o posiciona como figura central no futebol sul-americano.
A vitória esmagadora por 4 a 0 frente à LDU na quinta-feira no Allianz Parque eliminou o risco de interrupção da supremacia brasileira na competição continental e colocou o Verdão num confronto pelo troféu com o Flamengo a 29 de novembro em Lima.
Formado para triunfar com investimentos substanciais em reforços o conjunto robusto orientado pelo português Abel Ferreira confirmou o estatuto de principal candidato mesmo quando tudo apontava para um improvável milagre.
A maioria considerava o confronto semifinal resolvido após o triunfo da LDU no primeiro jogo por 3 a 0 na altitude de 2850 metros acima do nível do mar em Quito.
Os jogadores equatorianos haviam previamente afastado o Botafogo o actual campeão nos oitavos e o São Paulo nas meias de final.
Não consigo saborear as conquistas penso diariamente em demonstrar que mereço estar aqui afirmou Abel após o apuramento para a final.
Desde que tomou as rédeas do Palmeiras em novembro de 2020 o técnico de 46 anos liderou a fase mais laureada da história do emblema.
Conquistou duas Libertadores 2020 e 2021 dois Campeonatos Brasileiros 2022 e 2023 e uma Taça do Brasil 2020 para além de outros troféus.
Ao término do encontro senti um profundo alívio confessou o luso descendente.
Símbolo de supremacia financeira
O Palmeiras detém actualmente o plantel de maior valor na América do Sul conforme o site especializado Transfermarkt. O seu valor de mercado atinge 1,3 mil milhões de reais ligeiramente superior ao do Flamengo avaliado em 1,2 mil milhões de reais.
Trata se de mais do dobro do valor do conjunto mais dispendioso do continente excluindo o Brasil o argentino River Plate com 534 milhões de reais.
Assim uma formação habituada a vitórias sente se apta para proezas como a de quinta feira.
Embora a impaciência tenha interferido em certos instantes o Palmeiras manteve sempre o domínio na perseguição aos golos essenciais contra a LDU.
A evidência máxima disso foi o penalti executado por Raphael Veiga aos 82 minutos um dos mais experientes do grupo e perito em lances de bola parada para selar a vitória sobre os equatorianos.
Sangue frio.
A equipa de São Paulo pode agora tornar se na primeira do Brasil a vencer quatro vezes a Libertadores uma aspiração partilhada com o Flamengo.