Marrocos anfitrião inicia Taça das Nações Africanas com triunfo sobre as Comores (2-0)
Marrocos, nação anfitriã e principal candidato ao troféu, enfrentou mais dificuldades do que se previa, mas acabou por derrotar as Comores por 2 a 0 na partida inaugural da Taça das Nações Africanas de 2025, este domingo (21), em Rabat.
Os futebolistas orientados pelo treinador Walid Regragui, que foram às semifinais do Mundial de 2022 no Qatar, viram-se bloqueados durante quase uma hora pelo guardião Yannick Pandor, que ainda defendeu um penalti marcado por Soufiane Rahimi aos 11 minutos.
A defesa das Comores cedeu finalmente no arranque da segunda parte (55'), graças a Brahim Díaz, o médio hispano-marroquino do Real Madrid, e o seu colega Ayoub El Kaabi confirmou o resultado aos 74 minutos com um belo golo de bicicleta após um centro de Nayef Aguerd.
Achraf Hakimi, que se recuperou recentemente de uma lesão no tornozelo, permaneceu no banco, como previsto, para este jogo de abertura do certame.
"Precisamos do Hakimi pois ele é o melhor jogador de África e um dos melhores do mundo", justificou Regragui. "Não queríamos arriscar com o Achraf. Fomos muito cautelosos e nas próximas 48 horas veremos se ele pode jogar no próximo encontro", completou.
O guarda-redes marroquino Yassine Bounou impediu o golo das Comores ao defender um remate de Rafiki Saïd (59').
"O jogo decorreu como esperávamos, porque a partida inaugural é sempre complicada para o país anfitrião devido a toda a pressão", afirmou o treinador Walid Regragui.
"Estamos a preparar-nos para isto há dois anos, por isso havia muita ansiedade", acrescentou.
"O resultado de 2 a 0 foi justo, e poderíamos ter feito o terceiro golo se não tivéssemos facilitado um pouco nos derradeiros cinco minutos", concluiu.
Chuva na inauguração
Com a tarefa cumprida, apesar de alguma falta de acerto em certos lances, a seleção marroquina lidera o Grupo A, que inclui ainda Mali e Zâmbia, os adversários seguintes.
Antes do encontro, o único agendado para este domingo na Taça das Nações Africanas, a cerimónia de abertura realizou-se no moderno Estádio Príncipe Moulay Abdellah, onde a chuva suavizou um pouco as celebrações noturnas.
O apito inicial simbólico foi dado por Moulay El-Hassan, príncipe herdeiro do reino marroquino, perante 60.180 espetadores.
Nas bancadas, os adeptos marroquinos criaram um ambiente vibrante e demonstraram todo o entusiasmo no início de uma prova em que Marrocos ambiciona o segundo título continental, após o conquistado em 1976.
Com este triunfo, Marrocos, a melhor seleção africana no ranking da FIFA (11.º lugar), prolongou a série de vitórias consecutivas para 19.
O torneio prossegue na segunda-feira com três jogos, incluindo a muito aguardada estreia do Egito de Mohamed Salah frente ao Zimbábue.
Esta edição da Taça das Nações Africanas é a primeira a iniciar-se num ano e terminar noutro, com a final agendada para 18 de janeiro em Rabat.