Lanús derrota Atlético-MG nos penáltis e sagra-se campeão da Copa Sul-Americana
O Lanús, da Argentina, tornou-se campeão da Copa Sul-Americana de 2025 este sábado (22), ao vencer o Atlético-MG por 5 a 4 na disputa de penáltis, na final realizada em Assunção, no Paraguai.
Na sua terceira presença na prova, a formação de Buenos Aires levou o jogo aos penáltis depois de um encontro equilibrado no Estádio Defensores del Chaco, que acabou empatado a zero após 120 minutos.
O guarda-redes Nahuel Losada destacou-se como herói da sua equipa ao parar três penáltis, entre os quais o de Hulk, ídolo do Galo.
O Lanús, conhecido como o maior clube de bairro do mundo, soma agora dois troféus da Copa Sul-Americana, seguindo o obtido em 2013, um registo partilhado apenas por mais cinco equipas: Athletico-PR, os argentinos Boca Juniors e Independiente de Avellaneda, e os equatorianos Independiente del Valle e LDU.
Com este triunfo, o emblema argentino apurou-se para a fase de grupos da Copa Libertadores de 2026 e participará na Recopa Sul-Americana no próximo ano.
Defesa argentina neutraliza Hulk
Embora tenha sido suplente na Copa Sul-Americana, desta vez Hulk foi titular graças a Sampaoli. No ataque, encontrou uma barreira montada pelos defesas Izquierdoz e José Canale.
Perante a solidez defensiva, o Galo recorreu a outras táticas, como um livre de Bernard que bateu no poste.
Para conquistar o seu primeiro título como treinador, o ex-futebolista Mauricio Pellegrino rodeou-se de jogadores com experiência em finais, que regressaram ao clube onde começaram as suas carreiras para vencer um troféu continental.
Izquierdoz, com 37 anos, acalmou os ânimos da sua equipa face à pressão da torcida mineira.
O Lanús chegou a esta final com o objetivo de superar qualquer oponente através da garra e determinação.
A formação argentina impediu novamente que Hulk ganhasse um título internacional, após a perda da final da Libertadores do ano passado para o Botafogo.
Apesar de ser adorado pela torcida pelo título do Brasileirão de 2021, o primeiro do Atlético-MG em 50 anos, e pelos seus 134 golos com a camisola alvinegra, a ausência de um troféu continental continuará a perseguir o avançado de 39 anos.
Pellegrino desilude Sampaoli
Inspirada cada vez mais no desporto americano, a Conmebol organizou um espetáculo no intervalo no estádio da seleção paraguaia pela primeira vez num torneio de clubes.
Embora nunca tenha ocultado o desejo de ganhar o seu primeiro título como treinador, Pellegrino, de 54 anos, não via esta final como uma questão de vida ou morte.
Do outro lado, o temperamental treinador argentino Jorge Sampaoli procurava redenção, sem poder permitir outro falhanço após as experiências dececionantes em clubes como Sevilla e Flamengo.
Apesar de a sua equipa ter controlado grande parte do jogo, sem um avançado centro tradicional, não criou perigo real.
O treinador manteve o Lanús afastado da sua baliza, o que resultou num empate sem golos, só quebrado por uma defesa excecional de Nahuel Losada num remate de Gabriel Teixeira no prolongamento.
Na lotaria dos penáltis, o guarda-redes brilhou de novo com três defesas inesquecíveis em tentativas de Teixeira, Hulk e a decisiva contra Vitor Hugo.
Equipas iniciais:
Lanús: Nahuel Losada - Gonzalo Pérez (Armando Méndez 104'), Carlos Izquierdoz (cap), José Canale, Sasha Marcich - Eduardo Salvio (Franco Watson 94'), Agustin Medina (Lautaro Acosta 119'), Marcelino Moreno (Juan Edgardo Ramírez 103'), Augustín Cardozo, Ramiro Carrera (Dylan Aquino 82') - Rodrigo Castillo (Walter Bou 94'). Treinador: Mauricio Pellegrino.
Atlético-MG: Everson - Ruan Tressoldi Netto, Vitor Hugo, Junior Alonso (cap) - Igor Silveira Gomes, Franco Palma (Alexsander 87'), Guilherme Arana (Caio Paulista 87'), Bernard (Gustavo Scarpa 78') - Dudu (Gabriel Teixeira 94'), Hulk, Roni (Renzo Saravia 105'). Treinador: Jorge Sampaoli.