Infantino justifica valores dos bilhetes para o Mundial e refere procura elevada

Infantino justifica valores dos bilhetes para o Mundial e refere procura elevada

O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, justificou esta segunda-feira (29), em Dubai, os valores polémicos dos bilhetes para o Mundial de 2026, ao revelar que os promotores receberam um número recorde de 150 milhões de pedidos nas últimas duas semanas.

Infantino falou na Cimeira Mundial do Desporto na cidade dos Emirados Árabes Unidos e sublinhou que as receitas provenientes do torneio do próximo ano nos Estados Unidos, Canadá e México serão aplicadas em investimentos essenciais no futebol global.

"Nos últimos dias, certamente terão visto que há muita discussão sobre os bilhetes e os seus preços. Temos seis ou sete milhões de bilhetes à venda, e iniciámos há duas semanas. Posso afirmar que, em apenas duas semanas, em 15 dias, recebemos 150 milhões de pedidos de bilhetes. Isso mostra o impacto do Mundial", declarou com satisfação.

Infantino indicou que a maior parte dos pedidos provinha dos Estados Unidos, seguida da Alemanha e do Reino Unido.

"É uma verdadeira loucura", prosseguiu. "E o que é vital e essencial é que as receitas geradas com isso sejam reinvestidas no desporto em todo o mundo. A Fifa é a única entidade global que financia o futebol a nível mundial. Sem a Fifa, não existiria futebol em 150 países. Há futebol graças às receitas que obtemos com o Mundial, que podemos reinvestir por todo o lado", enfatizou.

A associação de adeptos Football Supporters Europe (FSE) figura entre as mais críticas face aos valores dos bilhetes para o Mundial de 2026, ao apontar que eles serão quase cinco vezes superiores aos do Mundial de 2022 no Catar.