Antigos dirigentes da Juventus condenados por fraudes financeiras

Um tribunal em Roma sentenciou esta segunda-feira (22) vários antigos líderes da Juventus, incluindo o antigo presidente Andrea Agnelli, a penas de prisão suspensas devido a irregularidades financeiras entre 2019 e 2021.

O antigo futebolista checo Pavel Nedvěd, anterior vice-presidente da 'Vecchia Signora', foi condenado a um ano e dois meses suspensos, enquanto o antigo diretor desportivo Fabio Paratici recebeu um ano e seis meses suspensos.

Maurizio Arrivabene, anterior administrador delegado da Juve, foi absolvido de todas as acusações.

Estas sentenças concluem de forma definitiva o processo judicial ligado a um caso que custou à Juventus 10 pontos no Campeonato Italiano de 2022/2023, impedindo a qualificação para as competições europeias.

De 2019 a 2021, a Juve atrasou pagamentos de alguns salários a jogadores, sem comunicar adequadamente às entidades relevantes.

O propósito desta alteração nos salários visava diminuir artificialmente as perdas nos relatórios anuais durante a pandemia de covid-19.

"A decisão de solicitar a extensão da pena (...) foi sem dúvida muito penosa", esclareceu Agnelli na sua conta na rede social X. Ele abandonou o cargo de presidente em novembro de 2022.

"Após muita deliberação, considero que foi a opção mais adequada", sublinhou.

A Juventus, por seu lado multada em 157 mil euros (R$ 987 mil na taxa atual), afirmou num comunicado que "este acordo (não representa) qualquer aceitação ou assunção de culpa".

"Reforçando a correção das suas condutas e a solidez dos seus argumentos, o clube julgou conveniente firmar este acordo em benefício dos seus interesses, dos acionistas e de todas as entidades mencionadas", prossegue o documento.