Como estão os favoritos ao título da Copa do Mundo de 2026?
Com pouco mais de seis meses para o arranque da Copa do Mundo da FIFA de 2026, que decorrerá de 11 de junho a 19 de julho na América do Norte, os principais candidatos ao troféu atravessam fases distintas.
Examinamos o estado de cada um deles antes do sorteio dos grupos, previsto para esta sexta-feira (5) em Washington.
Argentina: campeã em excelente forma
Os detentores do título prosseguiram no bom caminho após o tricampeonato alcançado no Mundial do Catar em 2022.
Sob a orientação de Lionel Messi, com 38 anos e em plena condição física, a Argentina liderou as eliminatórias sul-americanas e assegurou o apuramento em março deste ano.
O oito vezes galardoado com a Bola de Ouro, que se destaca no Inter Miami, deixa alguma incerteza quanto à sua presença, mas é improvável que falte à derradeira oportunidade de se evidenciar nos Estados Unidos, o país que escolheu para o epílogo da sua notável carreira.
Espanha: equipa invencível
Os campeões da Europa, sem derrotas há 31 jogos, chegam ao Mundial nos Estados Unidos, Canadá e México em condições ideais.
No entanto, o seu sucesso dependerá em grande medida do desempenho da sua estrela, Lamine Yamal, de 18 anos.
O talentoso avançado do Barcelona lidou com lesões no início da época, e o seu comportamento fora do relvado também suscitou críticas.
A dúvida reside em saber se ele suportará a enorme pressão na sua primeira Copa do Mundo como figura principal da seleção líder do ranking da FIFA.
França: preparada para o último desafio de Deschamps
O treinador Didier Deschamps enfrentará o seu sétimo e último grande torneio internacional ao comando da seleção francesa, sem pretender comprometer o seu legado após mais de 13 anos a manter a França no topo do futebol mundial.
Com o título mundial em 2018 e a final em 2022, o técnico elevou as expectativas ao máximo e reconhece que se espera muito dele após o Euro-2024 desapontador, apesar do apuramento para as meias-finais.
O mesmo vale para Kylian Mbappé, que entrou para a história com um hat-trick na final de 2022.
O capitão, que se afirmou no Mundial da Rússia em 2018, espera regressar à sua prova predileta para dissipar a memória dolorosa da sua prestação no Euro-2024 (onde só marcou um golo, de penálti).
Inglaterra: talento em todas as posições
Vice-campeã do Euro-2024 e primeira seleção europeia a garantir vaga na América do Norte, a Inglaterra surge como forte candidata ao título.
Agora orientada pelo treinador alemão Thomas Tuchel, a equipa dispõe de um plantel recheado de talentos (Harry Kane, Jude Bellingham, Cole Palmer, Bukayo Saka, Phil Foden, Declan Rice) na prossecução do primeiro troféu internacional desde o Mundial de 1966.
Portugal: a derradeira oportunidade de CR7
Portugal figura entre os grandes favoritos na Copa do Mundo. Com um conjunto de jogadores de elite, o treinador Roberto Martínez obteve os seus primeiros êxitos ao vencer a Liga das Nações de 2025.
Para oferecer uma despedida condigna a Cristiano Ronaldo, de 40 anos, nada melhor que o primeiro título mundial para uma equipa que soma insucessos desde o terceiro lugar em 1966.
Alemanha: em incerteza
A seleção alemã surge de duas eliminações prematuras nos Mundiais, com saídas na fase de grupos em 2018 e 2022, resultados indignos do estatuto de tetracampeã.
Após as derrotas caseiras frente a Portugal (2-1) e França (2-0) no Final Four da Liga das Nações, a Mannschaft falhou em impressionar nas eliminatórias, com dificuldades para se apurar num grupo acessível (com Eslováquia, Irlanda do Norte e Luxemburgo).
Brasil: oceano de dúvidas
A nomeação de Carlo Ancelotti para o comando em junho ainda não elevou substancialmente o nível da seleção brasileira.
Os pentacampeões, em busca do primeiro título desde 2002, deixaram de dominar a América do Sul e, no caminho para o Mundial de 2026, registaram a pior campanha nas eliminatórias no formato vigente, além de vários recordes negativos.
O reputado técnico italiano de 66 anos, que disputará o seu primeiro Mundial como treinador, procura formar uma equipa à altura do legado de Pelé.
Todavia, a dúvida sobre a condição física de Neymar, afastado da seleção desde outubro de 2023, pouco acalma os adeptos, cujo orgulho foi abalado pela campanha triunfante da sua principal rival, a Argentina.